A diretora do Departamento de Gestão do Cadastro Único, Ieda Maria Nobre de Castro, fez essa importante oferta durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), em Brasília. O Cadastro Único é um instrumento primordial de vigilância socioassistencial, que contém informações georreferenciadas de cerca de 93 milhões de brasileiros que são assistidos por 40 programas federais, incluindo comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pessoas com deficiência, idosos, crianças e mulheres chefes de família.
De acordo com Ieda Castro, o Cadastro Único proporciona dados valiosos sobre a população mais vulnerável do país, identificando onde estão, quantos membros compõem cada família, o tipo de moradia e a ocupação econômica. Ela ressaltou a importância da ciência e da tecnologia para prever problemas, contornar desafios e oferecer soluções eficazes para a sociedade.
A diretora enfatizou a necessidade de utilizar o conhecimento científico para prevenção, citando o exemplo das enchentes no Rio Grande do Sul. Ela destacou a importância de desenvolver produtos e processos produtivos para a população de baixa renda e enfatizou que o CadÚnico vai além de um simples cadastro administrativo do Programa Bolsa Família, oferecendo bases de dados regionalizadas e territorializadas que podem ser aproveitadas pela ciência para a criação de programas preventivos e alternativas que reduzam a desigualdade social.
Além disso, Ieda Castro ressaltou a importância da cultura da ciência na gestão pública, sobretudo na área da assistência social, e pontuou a necessidade de capacitar as gestões municipais e promover políticas sociais mais eficazes. O tema da ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social é um dos eixos centrais em discussão na CNCTI, que acontece até quinta-feira e pode ser acompanhada pelo canal do MCTI no YouTube.