Maduro reeleito: a continuidade do chavismo na Venezuela
No último domingo (28), Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela com 51,2% dos votos, derrotando o opositor Edmundo González Urrutia, que liderava as pesquisas pré-eleitorais. Com isso, Maduro iniciará seu terceiro mandato de seis anos em janeiro, com previsão de permanecer no cargo até 2031.
Apesar das acusações de violações aos direitos humanos e da grave crise econômica que assola o país, Maduro insiste em apresentar-se como um “presidente trabalhador”, mantendo-se no poder há mais de uma década. Se completar esse terceiro mandato, ele acumulará 18 anos no comando da Venezuela, um feito semelhante ao do ditador Juan Vicente Gómez, que governou por 27 anos no início do século XX.
O presidente venezuelano, abençoado por Hugo Chávez como seu sucessor antes da morte deste em 2013, mantém uma postura autoritária e centralizadora, conduzindo o país com mão de ferro. Sua vitória nas eleições foi questionada pela oposição e por organismos internacionais, que denunciaram irregularidades no processo eleitoral.
Diante desse cenário, é possível que a Venezuela enfrente novos desafios políticos e econômicos nos próximos anos, com reflexos não só na população local, mas também na comunidade internacional. A permanência de Maduro no poder representa a continuidade do chavismo e a manutenção de um regime que segue dividindo opiniões em todo o mundo.