O tumulto resultou em dois feridos por disparos de arma de fogo, sendo um adolescente de 16 anos atingido na cabeça e um homem de 25 anos baleado em circunstâncias ainda não esclarecidas. O caso foi registrado como lesão corporal e tentativa de homicídio pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Segundo a versão da administração municipal, os agentes da GCM foram hostilizados pela multidão, que teria arremessado pedras e outros objetos, exigindo a intervenção para garantir a segurança e o cumprimento da ordem pública. Imagens que circulam nas redes sociais mostram cenas de confusão, correria e uso de gás lacrimogêneo durante a ação policial.
A prefeitura esclareceu que a equipe da Guarda Civil utilizou armas de munição não letal no momento da intervenção, porém, posteriormente, novos disparos ocorreram em uma área distante da atuação dos agentes, resultando em uma vítima com ferimentos na perna e outra com ferimentos graves na cabeça, que se encontra na UTI em estado grave.
Diante desse cenário, ativistas de direitos humanos como Ariel de Castro Alves, da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB/SP, alertam para a necessidade de uma investigação rigorosa para esclarecer a origem dos disparos e possíveis abusos por parte da GCM. O caso traz à tona lembranças do trágico episódio ocorrido em Paraisópolis, em 2019, onde nove jovens faleceram em um baile funk devido à intervenção policial.
A apreensão de 70 motocicletas, sendo oito com registro de roubo ou furto, durante a operação reforça a complexidade da situação e a necessidade de um posicionamento claro das autoridades para prevenir episódios semelhantes no futuro. A comunidade e familiares das vítimas aguardam por respostas e medidas que garantam a segurança e o respeito aos direitos de todos os cidadãos.
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