Eleições na Venezuela: Forças Armadas apoiam Maduro e coloca em xeque o resultado democrático.




Posicionamento das Forças Armadas na Venezuela


A comunidade internacional acompanha atentamente o posicionamento das Forças Armadas, pois setores militares apoiam o governo de Nicolás Maduro, que está em uma luta para se manter no poder por mais seis anos.


Para o colunista do UOL, Wálter Maierovitch, o desfecho da eleição está nas mãos dos militares. Segundo ele, “Os militares têm grande influência na Venezuela, e as instituições militares seguem uma hierarquia rígida. Até o momento, os militares reconhecem a liderança de Maduro, que, mesmo sem formação militar, mas com experiência política como sindicalista e sucessor político de Hugo Chávez, adota uma postura populista.”


As urnas foram fechadas às 18h (19h, horário de Brasília). Aproximadamente 17 milhões de eleitores participaram das eleições neste domingo. Outros 4 milhões de venezuelanos que residem no exterior estavam aptos para votar, porém somente cerca de 69 mil atenderam aos critérios estabelecidos pelo governo para votar fora do país.


Edmundo González Urrutia lidera a coalizão de oposição a Maduro. De acordo com as pesquisas, ele é considerado o principal adversário do atual presidente. Ele representa a ex-deputada María Corina Machado, que era a favorita nas pesquisas, mas foi impedida pela Justiça de ocupar cargos públicos.

Eleições marcadas por confusões


Ocorreram atrasos e intimidações em algumas cidades. Alguns centros de votação chegaram a atrasar uma hora para iniciar a votação em Táchira, estado que faz fronteira com a Colômbia. Na região, também foram registradas situações de intimidação por grupos de homens encapuzados que dispararam tiros para o alto nas filas de eleitores. Em Antonio Rómulo Costa, indivíduos não identificados espalharam panfletos com mensagens intimidatórias próximas aos locais de votação.


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