As hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C, com o vírus da hepatite D sendo mais prevalente na Região Norte do país, e o vírus da hepatite E mais comum na África e Ásia. Dados do Ministério da Saúde indicam que entre 2020 e 2023 foram registrados 785.571 casos confirmados de hepatites virais no Brasil, com a hepatite C sendo a mais prevalente, seguida pela hepatite B e A.
A Região Nordeste concentra a maior proporção de infecções pelo vírus A, enquanto o Sudeste lidera nos casos de hepatite B e C. Já a Região Norte tem a maior incidência de hepatite D. A hepatologista Sílvia Fonseca alertou que muitas vezes as hepatites virais são assintomáticas, o que pode levar a complicações crônicas como cirrose e câncer de fígado.
A hepatite A é transmitida principalmente por via fecal-oral e está relacionada à falta de saneamento básico. Os sintomas podem incluir fadiga, mal-estar, febre e icterícia. Não há tratamento específico, apenas medidas de suporte. Já as hepatites B e C são transmitidas por contato sexual ou exposição a sangue contaminado. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações como cirrose e câncer hepático.
A hepatite D é considerada a mais grave e pode levar rapidamente à cirrose. A prevenção envolve vacinação e uso de preservativos. A hepatite E tem baixa incidência no Brasil e é transmitida fecal-oral, principalmente por água contaminada. Assim como a hepatite A, não possui tratamento específico.
É essencial que a população esteja ciente dos riscos e medidas preventivas contra as hepatites virais. O SUS oferece recursos para vacinação, diagnóstico e tratamento, contribuindo para a saúde e bem-estar da população brasileira. Este Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais serve como um lembrete da importância da prevenção e cuidado com a saúde do fígado.
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