Tocha da esperança percorre os tetos de Paris em celebração à reconstrução e resistência francesa, com homenagens a artistas e ícones históricos.




Reportagem

Uma cena digna de um romance francês marcou a passagem da tocha olímpica por Paris, cidade berço de grandes obras da literatura mundial. O percurso incluiu os tetos tradicionais da cidade, em um espetáculo que emocionou a todos que acompanharam.

Ao passar pela emblemática Notre Dame, que sofreu um incêndio devastador em 2019, o evento simbolizou a resiliência da França em se reconstruir, além de prestar homenagem aos trabalhadores e às classes menos privilegiadas de todos os cantos do planeta.

Nas redes sociais, o Comitê Olímpico Internacional ressaltava a célebre frase de Victor Hugo: “a liberdade de amar não é menos sagrada que a liberdade de pensar”, em um momento que visava promover valores de inclusão e respeito.

Já no Louvre, o condutor da tocha se deparou com o desaparecimento da icônica obra de Leonardo da Vinci, a Monalisa. Uma referência ao famoso roubo ocorrido em 1911 e que foi solucionado dois anos depois, numa história que intriga a humanidade até os dias atuais.

Nem mesmo o metrô parisiense e as misteriosas catacumbas ficaram de fora desse grandioso evento, que contou com uma trilha sonora composta por Debussy, Saint-Saens, Ravel e outros mestres da música clássica francesa, para embalar os atletas e espectadores durante o percurso.

Em um gesto de valorização da diversidade, os organizadores reservaram um momento especial para a mezzo-soprano francesa negra, Axelle SaintCirel, que emocionou a todos ao entoar o hino nacional. Em seguida, imagens de mulheres que marcaram a história da luta pelos direitos humanos surgiram ao longo do rio, representando a força e a determinação feminina na construção de uma sociedade mais justa.


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