Eleições na Venezuela levantam dúvidas sobre imparcialidade e futuro político do país




Eleições na Venezuela: tensão e incertezas

González atrai apoio significativo em meio a contestações sobre a justiça da votação

Neste domingo, o candidato opositor González reúne um apoio expressivo, inclusive de ex-simpatizantes do partido governista. No entanto, a oposição e alguns observadores levantam questionamentos sobre a imparcialidade do pleito, argumentando que as autoridades eleitorais e as prisões de membros da equipe de campanha da oposição são tentativas de criar obstáculos.

Tanto González quanto Machado instaram os eleitores a votarem cedo e a permanecerem em vigília nas seções eleitorais até o encerramento. Eles afirmam esperar que as Forças Armadas defendam a legitimidade dos resultados eleitorais.

Historicamente, as Forças Armadas venezuelanas têm apoiado Maduro, bem como seu antecessor, Hugo Chávez. O ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, garantiu que as Forças Armadas respeitarão o desfecho das eleições deste domingo.

Maduro, que está no poder desde 2013 e busca seu terceiro mandato consecutivo de seis anos, assegura que a Venezuela possui o sistema eleitoral mais transparente do mundo, alertando para possíveis conflitos caso saia derrotado nas urnas.

Durante o governo de Maduro, o país enfrentou um colapso econômico, uma significativa migração de sua população e a deterioração das relações diplomáticas, resultando em sanções impostas pelos EUA, UE e outros países, prejudicando ainda mais um setor petrolífero já fragilizado.

“Desejamos uma mudança política e econômica para gerar mais empregos, que é o que mais precisamos”, declarou o vendedor de sorvete Nelson Bolivar, de 50 anos, enquanto circulava entre a efervescência da multidão opositora no encerramento da campanha de González.


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