Três brasileiras se destacam na Olimpíada Europeia de Informática para Garotas

No último final de semana, três jovens brasileiras conquistaram medalhas na Egoi 2024, realizada em Veldhoven, na Holanda. Maria Clara Fontes Silva, natural de Aracaju, levou para casa a medalha de ouro, enquanto Sofia Torres de Paula Cintra recebeu a medalha de prata e Estela Baron Nakamura foi premiada com o bronze. O desempenho dessas garotas contribuiu para o impressionante quarto lugar do Brasil na classificação geral da competição.

Experiência internacional e evolução nas competições

Maria Clara, com apenas 15 anos e estudante do nono ano do ensino fundamental, expressou sua satisfação em participar da competição e receber o reconhecimento pela sua dedicação. Ela destacou o contato com meninas de outros países e a proximidade com a equipe brasileira como pontos marcantes da sua experiência na Egoi.

A jovem Estela Nakamura, também premiada na edição anterior da Egoi, compartilhou a emoção de enfrentar desafios de algoritmos, estruturas de dados, lógica e matemática durante a competição. Ela ressaltou a importância do resultado para incentivar mais garotas a se envolverem na área da computação.

Missão de inspirar e empoderar

A presença da professora Juliana Freitag Borin, da Unicamp, acompanhando a delegação brasileira reforça a importância de eventos como a Egoi no estímulo às meninas na ciência da computação. A troca de experiências, o trabalho em equipe e a criatividade são aspectos valorizados pela competição, que busca encorajar a participação feminina em áreas ainda dominadas por estereótipos masculinos.

A Egoi 2024 contou com a participação de 200 meninas de 55 países, premiando 91 garotas em diferentes categorias. O evento proporcionou uma semana de atividades práticas, desafiando as competidoras a resolver problemas complexos de programação em um ambiente de aprendizado e colaboração.

Incentivo à participação feminina em olimpíadas de conhecimento

O Movimento Meninas Olímpicas, liderado por Natalia e Mariana Groff, tem como objetivo aumentar a presença feminina em competições de alto nível. A participação e os resultados das brasileiras na Egoi 2024 refletem a importância de iniciativas que promovam a igualdade de gênero e incentivem a busca por carreiras na área da computação.

Nara Bigolin, coordenadora do movimento, destaca a necessidade de ampliar as oportunidades para as garotas nas olimpíadas de conhecimento, visando uma representação mais equilibrada em espaços de destaque acadêmico e profissional.

Essas conquistas no cenário internacional reforçam o potencial das jovens brasileiras e demonstram o impacto positivo de investir no talento e na capacidade das mulheres na área da tecnologia e ciências exatas. Que esses exemplos inspirem mais meninas a acreditarem no seu potencial e buscarem seus objetivos com determinação e coragem.