Administração Biden está aberta a apoiar transição pacífica na Venezuela após as eleições, afirmam integrantes do governo dos EUA.






Artigo Jornalístico

Disposição dos Estados Unidos em relação à eleição na Venezuela

Segundo os integrantes do alto escalão do governo americano, se Maduro perder, os Estados Unidos estariam dispostos a apoiar um período pós-eleitoral “pacífico e negociado e a considerar medidas que facilitem uma transição pacífica de poder”.

A administração Biden apostou pela diplomacia do diálogo com Caracas, mas mantendo as principais sanções, em contraposição à linha-dura de seu antecessor republicano Donald Trump, novamente candidato à Casa Branca nas eleições de novembro.

Como moeda de troca, Biden usou as sanções, afrouxando-as como recompensa a compromissos ou concessões de Maduro, e as recolocando quando Caracas não cumpriu suas promessas.

Agora, “os Estados Unidos estão preparados para calibrar nossa política de sanções em função dos acontecimentos que possam se desenvolver na Venezuela”, afirmou o primeiro funcionário.

Washington tomará uma decisão baseando-se não apenas em um resultado verificável, mas no cenário pós-eleitoral até a posse, esperada para janeiro, ou seja, levará muito em conta se há “repressão política ou represálias”, acrescentam as fontes.

Segundo a ONG de direitos humanos Foro Penal Venezolano, desde janeiro ocorreram “149 prisões arbitrárias por motivos políticos”, dos quais 135 “estão diretamente vinculados” com a campanha de González Urrutia.


A recente declaração dos integrantes do alto escalão do governo americano revelou a disposição dos Estados Unidos em relação ao desenrolar das eleições na Venezuela. De acordo com essas fontes, caso Nicolás Maduro perca, os EUA estão dispostos a apoiar um período pós-eleitoral pacífico e negociado, além de considerar medidas que facilitem uma transição de poder de forma tranquila. Essa postura contrasta com a abordagem adotada pelo ex-presidente Donald Trump, que aplicou uma linha-dura em relação a Caracas.

O governo Biden tem optado por uma abordagem diplomática no diálogo com a Venezuela, mantendo as principais sanções como forma de pressão. A estratégia consiste em flexibilizar as sanções como recompensa a compromissos ou concessões de Maduro, e restabelecê-las quando o governo venezuelano não cumpre com suas promessas. A mudança de postura em relação às sanções é um reflexo da postura mais conciliadora adotada pela atual administração.

A decisão dos Estados Unidos em relação às sanções será baseada não apenas no resultado das eleições, mas também no cenário pós-eleitoral e na possível presença de repressão política ou represálias. Isso mostra uma preocupação em garantir um processo eleitoral justo e democrático na Venezuela.

De acordo com a ONG de direitos humanos Foro Penal Venezolano, houve 149 prisões arbitrárias por motivações políticas desde janeiro, sendo a maioria delas relacionadas à campanha de González Urrutia. Esses dados evidenciam a necessidade de garantir o respeito aos direitos humanos e as liberdades democráticas no país.

Diante desse contexto, é fundamental que a comunidade internacional acompanhe de perto o desenrolar das eleições na Venezuela e que pressione por um processo eleitoral transparente e justo. A atuação dos Estados Unidos e de outras potências mundiais será decisiva para o futuro político do país latino-americano.

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