Privatização da Sabesp: A venda da água dos paulistas levanta questionamentos e gera polêmica entre a população e especialistas.




Privatização da Sabesp: uma decisão polêmica

Privatização da Sabesp: uma decisão polêmica

No último dia 10, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, oficializou a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A decisão foi marcada por uma cerimônia com chuva de papel e muitos sorrisos, mas também gerou controvérsias e questionamentos sobre a venda de um serviço essencial para a população.

A Sabesp, que vinha apresentando resultados positivos e um lucro líquido de R$ 3,5 bilhões em 2023, foi adquirida por uma empresa que ofereceu um valor 20% inferior ao preço de mercado da companhia. Além disso, a nova acionista majoritária possui experiência limitada no setor de saneamento básico, atuando principalmente na distribuição de energia, onde foi mal avaliada em 2023.

A privatização da Sabesp levantou questionamentos sobre a gestão de um recurso tão necessário como a água. Mesmo com a promessa de universalizar o serviço até 2029, muitos especialistas alertam para os riscos de colocar um direito humano essencial nas mãos da iniciativa privada, onde a lógica do lucro pode se sobressair à garantia de acesso à água para todos.

Além disso, a falta de consulta popular e de estudos técnicos que respaldem a venda da Sabesp gerou críticas por parte da população, principalmente dos paulistas, que representam 53% dos habitantes do estado e se posicionaram contra a privatização. O exemplo de Berlim, que recentemente reestatizou o saneamento básico, levanta dúvidas sobre a eficácia e os impactos a longo prazo da privatização da Sabesp.

Agora, resta aguardar os desdobramentos dessa decisão controversa e os efeitos que terá na prestação do serviço de água e saneamento para os paulistas. A polêmica está lançada e o debate sobre a privatização da Sabesp promete continuar gerando reflexões e críticas por um bom tempo.


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