Desemprego preocupa argentinos: pesquisa destaca aumento das preocupações com a falta de emprego no governo Milei.







Artigo Jornalístico

Trabalhador argentino se preocupa com o desemprego em meio à crise econômica

O argentino Elio Cabelier, de 31 anos, enfrenta preocupações em relação ao cenário de desemprego na Argentina. Vindo de Gualeguaychú e atuando como pedreiro registrador, Cabelier se vê diante de uma realidade ainda mais difícil do que no ano anterior. Com a crise no setor de construção devido à interrupção das obras públicas e ao mercado imobiliário estagnado, ele não descarta a possibilidade de se mudar para o Brasil em busca de novas oportunidades.

De acordo com um levantamento da consultoria Opina Argentina, o desemprego se tornou a principal preocupação, superando a inflação, para muitos argentinos. Pela primeira vez, 37% dos entrevistados apontaram o desemprego como o maior problema a ser solucionado pelo governo do presidente Javier Milei.

A situação econômica do país vizinho é delicada, com dados do Indec revelando uma inflação mensal de 4,6% em junho e uma taxa de desemprego de 7,7% no primeiro trimestre, indicando uma crescente preocupação com o mercado de trabalho. Para o economista Fábio Giambiagi, a precariedade do emprego se torna um fator relevante em meio à crise.

O governo liderado por Milei implementou medidas de austeridade, cortes de gastos e congelamento de aposentadorias, o que resultou em uma queda no Produto Interno Bruto do país e na perda de postos de trabalho em diversos setores. Empresas industriais enfrentam dificuldades e muitas estão caminhando para o fechamento, conforme aponta um estudo.

Apesar dos esforços do governo em buscar um superávit fiscal, a economia argentina enfrenta desafios como o aumento da pobreza e da indigência. Estudos apontam que mais da metade da população vive em situação de pobreza. O presidente Milei relacionou a pobreza ao pensamento socialista, reiterando a necessidade de uma reestruturação econômica no país.

Com a instabilidade econômica e a incerteza em relação ao futuro do mercado de trabalho, os argentinos seguem em busca de soluções e esperança para dias melhores.

Com Reuters


Sair da versão mobile