Recentemente, três incidentes envolvendo atletas da delegação olímpica brasileira destacaram os desafios de comunicação enfrentados na era das redes sociais, especialmente às vésperas dos Jogos.
Dois dos casos ocorreram no atletismo, com o decatleta Fernando “Balotelli” Ferreira e a lançadora de disco Izabela da Silva, que criticaram os uniformes fornecidos pela Puma à Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Em outro episódio, a mãe da skatista Rayssa Leal solicitou hospedagem na Vila Olímpica como acompanhante da filha.
Balotelli expressou sua insatisfação ao receber um kit com apenas três peças, consideradas insuficientes para seus dois dias de competição. Ele chegou a afirmar que poderia ter que competir com o uniforme sujo por falta de opções adequadas.
Izabela gravou um vídeo reclamando que não recebeu um enxoval completo, alegando que as peças disponíveis não contemplavam tamanhos maiores. Ela questionou o motivo da falta de diversidade de tamanhos nas peças.
A CBAt emitiu uma nota explicando que está em contato com os atletas para resolver as questões levantadas e esclareceu que parte do enxoval da delegação é responsabilidade do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
A controvérsia envolvendo Rayssa Leal surgiu após uma entrevista de uma representante da agência que gerencia a carreira da skatista. A mãe de Rayssa anteriormente a acompanhava em competições, mas devido à idade da atleta, o COB designou um colaborador para auxiliá-la na Vila Olímpica.
Esses casos evidenciam os desafios que as entidades esportivas enfrentam para controlar a comunicação e imagem dos atletas, especialmente nas redes sociais, onde o contato direto com o público pode resultar em crises.
O COB mencionou ter realizado um seminário com os atletas sobre o uso adequado das redes sociais, sem criar restrições específicas sobre o conteúdo a ser compartilhado. A entidade destaca o direito dos atletas em definir suas estratégias de comunicação e oferece apoio psicológico e orientação da equipe técnica quando necessário.
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