Presidência brasileira do G20 se compromete a discutir guerras em Gaza e Rússia-Ucrânia em preparação para Cúpula de Líderes do Rio

A presidência brasileira do G20 emitiu um comunicado nesta segunda-feira (22), comprometendo-se a liderar as discussões sobre os conflitos em Gaza e entre Rússia e Ucrânia nos próximos meses. Isso ocorre em preparação para a Cúpula de Líderes do Rio de Janeiro, marcada para novembro. O grupo, composto pelas 19 maiores economias do mundo, incluindo a União Europeia e a União Africana, reconhece a existência de divergências entre os seus membros e participantes em relação a essas questões sensíveis.

Segundo o comunicado, alguns membros e participantes acreditam que essas questões têm impacto na economia global e, portanto, devem ser discutidas no âmbito do G20. No entanto, há quem não compartilhe dessa visão e não veja o G20 como o fórum adequado para abordar tais temas. Diante desse cenário, a presidência brasileira pretende promover discussões entre os “sherpas” nos próximos meses, como forma de preparação para o evento no Rio de Janeiro.

Além disso, o comunicado faz menção à Declaração de Líderes de Nova Délhi, enfatizando a importância do fortalecimento do G20 como uma plataforma eficaz de cooperação, baseada no consenso. Durante a reunião em Nova Délhi, em 2023, os líderes expressaram preocupação com a guerra na Ucrânia e destacaram a necessidade de respeitar a integridade territorial e a soberania dos Estados.

Desde então, o conflito no Oriente Médio tem se intensificado, com o Brasil classificando o conflito em Gaza como genocídio, devido ao grande número de mortes e destruição, especialmente entre crianças. O G20 é formado por países como Argentina, Austrália, China, Estados Unidos, Rússia, entre outros, representando uma parcela significativa do PIB global, do comércio mundial e da população do planeta.

Desde 2008, os países membros do G20 revezam-se na presidência do grupo, sendo esta a primeira vez que o Brasil assume a liderança nesse formato. A presidência brasileira expressa o compromisso de conduzir discussões importantes e sensíveis em um momento crucial para as relações internacionais e a estabilidade global.

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