Impulsos sexuais. Peter era um macho com necessidades sexuais afloradas. Segundo Margareth, o golfinho tinha o costume de se esfregar em seus joelhos, seus pés e suas mãos. “Eu permitia. Não ficava desconfortável com isso, desde que não fosse muito rude,” disse ao documentário. Margareth conta que, no início da convivência, ao perceber que Peter estava “indisciplinado” por conta de necessidades sexuais, ela o enviava ao tanque onde estavam as fêmeas. Essa transferência ao tanque das fêmeas, no entanto, passou a não ser suficiente conforme os desejos sexuais de Peter se tornavam mais frequentes.
Margareth passou a suprir as necessidades sexuais de Peter. Para fazer com que o golfinho se concentrasse novamente em suas atividades, Margareth passou a ser a responsável pelo alívio sexual de Peter de forma manual. “Era mais fácil aceitar e deixar acontecer,” contou no documentário.
Era muito precioso, muito gentil […] Era sexual da parte dele, não era sexual da minha parte; [era] talvez sensual. […] Era só isso, eu estava lá para conhecer Peter; isso era parte dele. Margareth Howe, sobre a relação íntima com o golfinho Peter
Peter estava “apaixonado” por Margareth. Segundo o veterinário Williamson, ele sentia pena do golfinho. “Era ótimo que Margareth não iria se prejudicar com isso [o sexo manual com Peter], mas, como veterinário, eu ficava pensando no pobre Peter. Aquele golfinho estava loucamente apaixonado por ela,” confessou ao documentário.
O fim da pesquisa e a morte de Peter
Nova pesquisa acabaria com o funcionamento do laboratório onde Margareth vivia com Peter. Autorizado pelo governo, Lilly passou a injetar LSD nos golfinhos, como parte de um estudo para analisar um possível benefício da droga em pacientes em tratamento para doenças mentais. Apesar dos esforços do neurocientista, o estudo não gerou resultados relevantes. Com a falta de novas evidências, Lilly perdeu seus recursos e precisou fechar o laboratório.