“Agora ele está me segurando aqui. Digo a mim mesmo que não serei uma vítima, de jeito nenhum”, afirma o instrutor, antes de agarrar o cano da réplica de fuzil e virá-lo contra o potencial agressor. “Hoje é a sua vez de morrer, não a minha!”, exclama.
Moshe Katz, de 63 anos, converteu o porão de sua casa em uma academia para ensinar krav maga, o “combate próximo”, uma técnica de defesa pessoal praticada pelo Exército israelense desde a criação do país em 1948.
Katz vê no sentimento de insegurança dos israelenses desde 7 de outubro uma oportunidade para compartilhar seus conhecimentos sobre essa técnica de combate corpo a corpo que se inspira no aikidô, no boxe, no judô, no caratê e na luta olímpica.
“É só para saber que podemos nos proteger”, explica Esther Cohen, que ajuda Katz em suas aulas.
“Estão acontecendo coisas bastante violentas”, diz esta mulher, que chega à academia com uma arma adquirida recentemente. “Não quero me sentir impotente”, acrescenta.
– Mais armas de fogo –
O ataque sem precedentes perpetrado por comandos do Hamas em solo israelense causou a morte de 1.195 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço feito pela AFP com base em dados oficiais israelenses. Entre os mortos havia mais de 300 militares.
Na tumultuada região do Oriente Médio, em meio a um cenário de constante tensão e violência, o instrutor Moshe Katz, de 63 anos, se destaca como um especialista em krav maga, uma técnica de defesa pessoal utilizada pelo Exército israelense desde a criação do país em 1948.
Em uma entrevista exclusiva, Katz revelou os motivos que o levaram a transformar o porão de sua casa em uma academia para ensinar o krav maga. Segundo ele, o recente aumento da sensação de insegurança entre os israelenses desde o fatídico 7 de outubro foi um dos principais fatores que o impulsionaram a compartilhar seus conhecimentos sobre essa técnica de combate corpo a corpo.
Esther Cohen, uma das auxiliares de Katz, ressaltou a importância de aprender a se proteger em meio a um cenário tão violento. Ela enfatizou que o objetivo das aulas não é promover a violência, mas sim proporcionar aos alunos a sensação de segurança e empoderamento necessária para enfrentar possíveis agressores.
A recente onda de violência na região, incluindo o ataque do Hamas que resultou na morte de centenas de civis e militares, evidencia a necessidade de os cidadãos se prepararem para situações de risco. O krav maga surge como uma ferramenta eficaz nesse contexto, oferecendo técnicas de defesa pessoal inspiradas em diversas artes marciais.
Diante desse cenário de crescente instabilidade, a busca por métodos de autodefesa se torna cada vez mais relevante. O krav maga, com sua abordagem prática e eficiente, representa uma opção valiosa para aqueles que desejam se preparar para enfrentar os desafios da vida em uma região marcada pela violência e pela incerteza.