Institutos renomados como Datincorp, Delphos e Meganálisis colocam Edmundo como favorito, representando a Mesa da Unidade Democrática (MUD) e apoiado por María Corina Machado. No entanto, pesquisas do Centro de Medição e Interpretação de Dados Estatísticos (Cmide), Hinterlaces e Internacional Consulting Services (ICS) apontam para a reeleição de Maduro para um terceiro mandato.
O sociólogo e analista venezuelano Luis Salas ressalta que historicamente as pesquisas eleitorais no país tendem a favorecer o voto opositor, um fenômeno observado desde os governos de Chávez e Maduro. Por outro lado, a especialista Carmen Beatriz Fernández, diretora da DataStrategia, alerta para a volatilidade do eleitorado venezuelano e as falhas metodológicas que podem comprometer a precisão das pesquisas.
Além disso, Francisco Rodriguez, professor da Universidade de Denver, nos Estados Unidos, destaca a falta de confiança nas pesquisas eleitorais venezuelanas, apontando que institutos anteriores têm errado ao sobrestimar o voto da oposição. Com isso, a incerteza persiste sobre o resultado final das eleições e a possibilidade de um empate técnico entre os candidatos.
Esta eleição na Venezuela é crucial, pois o próximo presidente governará o país sul-americano entre 2025 e 2031. Apesar dos desafios econômicos e políticos enfrentados nos últimos anos, incluindo um bloqueio financeiro e comercial e uma grave crise econômica, o país parece estar mostrando sinais de recuperação desde meados de 2021.
No entanto, as eleições deste ano são marcadas por denúncias de prisões de opositores e a recusa de alguns candidatos em assinar acordos para respeitar o resultado eleitoral, o que adiciona mais incerteza ao cenário político venezuelano. O resultado final deste pleito aguarda para revelar quem será o próximo presidente da Venezuela e como o país seguirá em sua jornada rumo à estabilidade e prosperidade.