A famosa marca de artigos esportivos Adidas se viu no centro de críticas por parte da comunidade judaica nos Estados Unidos após lançar uma campanha publicitária estrelada pela modelo Bella Hadid, que é filha de um palestino.
No último dia 19, a empresa alemã decidiu retirar do ar a campanha que divulgava um tênis retrô, inspirado nas Olimpíadas de Munique em 1972, um evento marcado por ataques perpetrados por terroristas palestinos contra atletas da equipe olímpica de Israel, resultando na morte de 11 pessoas.
Bella Hadid, de 27 anos, já expressou seu apoio aos direitos dos palestinos ao longo de sua carreira. Entretanto, suas opiniões passaram a causar desconforto entre a comunidade judaica nos Estados Unidos após o recente ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023, desencadeando confrontos em Gaza.
Desde aquele incidente no ano passado, a modelo reduziu suas declarações sobre o conflito histórico, mas isso não foi o suficiente para amenizar a desconfiança da comunidade judaica em relação a ela.
Em resposta à polêmica, a marca alemã, que possui uma história controversa envolvendo nazistas em sua trajetória, emitiu um comunicado pedindo desculpas pela campanha publicitária. A Adidas reconheceu que houve conexões com eventos trágicos da história, ainda que não intencionais, e prometeu rever o restante da campanha.
Até o momento, Bella Hadid não se pronunciou sobre a repercussão negativa da campanha publicitária protagonizada por ela.
O Comitê Judaico Americano também se manifestou, condenando a Adidas pelo que chamou de “grave erro”. Para a organização, a escolha da marca em utilizar uma modelo com posicionamentos anti-Israel para promover um produto relacionado às Olimpíadas de Munique foi um descuido imperdoável ou até mesmo uma provocação deliberada.
O tênis “SL72”, divulgado pela modelo na campanha, é uma réplica do calçado utilizado pelos atletas durante os trágicos eventos das Olimpíadas de Munique.
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