Gabriel Medina é favorito ao ouro nas ondas de Teahupo’o nos Jogos Olímpicos de Paris após vitória dramática




Artigo sobre Gabriel Medina

Gabriel Medina: O Favorito a Vencer nos Jogos Olímpicos de Paris

O renomado surfista Gabriel Medina, aos 30 anos de idade, já descreveu as ondas de Teahupo’o, no Taiti, como verdadeiro ‘paraíso’. É nesse local paradisíaco, situado na Polinésia Francesa, no oceano Pacífico, que a emocionante disputa por medalhas do surfe ocorrerá durante os Jogos Olímpicos de Paris.

Com um histórico primoroso nesse local, que se tornou uma parada frequente no circuito mundial de surfe, Medina demonstra sua excelência. Entre 2014 e 2024, com uma pausa entre 2020 e 2022, o surfista brasileiro avançou para as semifinais em todas as oito edições do campeonato em Teahupo’o, chegando à final em seis delas e conquistando o título duas vezes.

Em sua última participação em Teahupo’o, Medina foi eliminado nas semifinais por John John Florence, do Havaí. No entanto, ele foi o único competidor a receber a nota máxima de 10 em ondas tubulares e desafiadoras do Taiti, que são consideradas perigosas para surfistas menos experientes – uma realidade que também estará presente nos Jogos Olímpicos, devido aos critérios de classificação por país, e não apenas por ranking.

É inegável que Gabriel Medina é um dos grandes favoritos para sair vitorioso. Embora as competições de surfe possam ser imprevisíveis devido à natureza do esporte, o surfista de São Sebastião, São Paulo, chega à Polinésia Francesa como um talento excepcional comprovado, um tricampeão mundial e um especialista nas ondas que valerão ouro durante os Jogos.

Entretanto, Medina também carrega o peso de uma decepção olímpica. Na estreia do surfe nos Jogos de Tóquio, em 2021, o brasileiro foi derrotado nas semifinais pelo japonês Kanoa Igarashi em uma disputa marcada por controvérsias em relação às notas atribuídas aos competidores. Posteriormente, Medina foi superado na disputa pelo bronze.

O ouro ficou com seu compatriota Italo Ferreira, tornando-se o primeiro campeão olímpico da história do surfe. No entanto, Italo não conseguiu a classificação para Paris-2024, abrindo espaço para que Medina, Filipe Toledo e João Chianca representem o Brasil na chave masculina, enquanto Tatiana Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel competirão na chave feminina.

As primeiras vagas para os Jogos deste ano foram distribuídas com base na Liga Mundial de 2023, com um limite de dois homens e duas mulheres por país. Toledo e Chianca avançaram no ranking, restando a Gabriel Medina buscar sua qualificação por meio dos ISA Games, realizados em março em Porto Rico. Ao dominar todas as baterias, Medina garantiu a vaga olímpica extra para o Brasil ao vencer a final, em uma atuação dramática e emocionante.

Medina expressou sua gratidão e compromisso em representar seu país da melhor forma possível, prometendo mais uma vez dar o seu melhor no palco olímpico. Enquanto seus concorrentes enfrentam desafios pessoais, como a pausa de Toledo para cuidar de sua saúde mental e o acidente de Chianca no Havaí, é Gabriel Medina que surge como o principal candidato do Brasil a conquistar o ouro nas águas cristalinas de Teahupo’o.


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