Convenções partidárias começam neste sábado em meio a incertezas e disputas internas nas principais capitais brasileiras.




Convenções partidárias definem cenário eleitoral nas principais capitais brasileiras

Convenções partidárias definem cenário eleitoral nas principais capitais brasileiras

A temporada das convenções partidárias começa neste sábado (20), dando início ao período de duas semanas que definirá o xadrez eleitoral nas principais capitais brasileiras. Na maioria delas, o cenário ainda é de incertezas em meio a disputas internas e ajustes finais na consolidação das alianças.

Dentre as pendências estão a confirmação de candidaturas a prefeito, a definição de candidatos a vice e a decisão final de partidos como PL, PT e União Brasil, disputados por terem as maiores fatias de tempo de propaganda e fundo eleitoral.

O prazo para as definições segue até 5 de agosto, último dia em que os partidos podem decidir sobre alianças e candidaturas a prefeito e vereador.

O PT definiu candidaturas próprias em 14 capitais. Mas ainda há um impasse em Maceió: a direção nacional do partido defende o apoio ao deputado federal Rafael Brito (MDB), candidato apoiado pelo senador Renan Calheiros e pelo ministro Renan Filho, também do MDB, mas há resistência no diretório local.

As cidades de Fortaleza, Teresina e Porto Alegre despontam como as principais apostas do partido do presidente Lula, que quer deixar para trás o desempenho ruim de 2020, quando não elegeu nenhum prefeito de capital.

“O partido entra na eleição em uma condição incomparavelmente melhor do que em 2020. Vamos eleger mais prefeitos e ter um desempenho melhor mesmo nas cidades em que não vencermos”, afirma o senador Humberto Costa, coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT.

O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro tem pré-candidatos em 16 capitais, mas há pressão nesta reta final para apoio a nomes de outros partidos em Fortaleza, Manaus, Goiânia e Porto Velho.

No Rio de Janeiro, o partido deve sacramentar a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem (PL). Em um ato nesta quinta-feira (18) no Rio, Bolsonaro afagou ao aliado e disse que ele é alvo de perseguição.

A candidatura sofreu um abalo nos últimos dias, após a divulgação de um áudio apreendido pela Polícia Federal que mostra uma conversa dos dois sobre investigação envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O áudio foi encontrado em um computador do pré-candidato.

A convenção de Ramagem será na segunda-feira (22). Dois dias antes, o prefeito Eduardo Paes (PSD) oficializa sua candidatura, mas a definição do vice deve ser postergada para evitar rupturas dentro da base. O PT fez pressão pela vaga, mas o deputado federal Pedro Paulo (PSD) segue como o nome preferido do prefeito.

Em São Paulo, as principais dúvidas são a concretização das pré-candidaturas do deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil) e do apresentador José Luiz Datena (PSDB), que enfrentam resistências internas.

O deputado ligado ao MBL não tem o respaldo da cúpula do seu próprio partido, que se divide entre o possível apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) e ao coach Pablo Marçal (PRTB). O partido faz sua convenção neste sábado (20), mas ainda sem definir quem vai apoiar na eleição para prefeitura.

Datena, por sua vez, tem um histórico de desistências antes da oficialização de suas candidaturas. Em sabatina à Folha e UOL, ele disse que a intenção dessa vez é ir até o fim, mas fez uma ressalva: “Desde que alguém não me encha o saco”.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) lança sua candidatura no sábado em ato com o presidente Lula (PT). Uma semana depois será a vez do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ir a São Paulo para a…

Sair da versão mobile