Maratona e Doping: Entre o Cânone e a Liberalidade

A notícia de que o fundista Daniel Nascimento, o Danielzinho, foi suspenso provisoriamente por testar positivo no exame antidoping causou menos comoção no circuito corredor do que eu imaginava. Sem Daniel, o Brasil, afinal, fica fora da maratona olímpica, uma prova-fetiche também dos jogos e na qual o país bateu na trave algumas vezes.

Apesar disso, o “circuito corredor” parece estar mais focado em provas de corrida de rua dominando as manhãs de domingo das capitais brasileiras do que nas implicações do doping no esporte.

Uma das provas mais importantes, a maratona de São Paulo da organizadora Iguana, está se aproximando. Recebi um convite inesperado de um patrocinador e decidi me inscrever para os 42 km, mesmo sem planejar correr uma maratona tão cedo.

A preparação para a maratona envolve uma série de etapas, desde um ritual de foco mental até um treinamento meticuloso que culmina em quilometragens mais leves próximas à prova-alvo. Com minha experiência em corridas anteriores, estou confiante de que posso completar a maratona com sucesso.

Correr uma maratona vem cercado de dogmas e crenças, mas é importante lembrar que cada corredor tem sua própria jornada. O respeito à maratona e a busca pela superação pessoal são fundamentais, mas também é essencial manter um equilíbrio e uma mentalidade positiva ao longo da prova.

Em meio a essas reflexões, é importante destacar a questão do doping no esporte, que vai além do uso de substâncias proibidas. O verdadeiro doping para um corredor amador é a conversa excessiva durante a maratona, que pode prejudicar seu desempenho.

Ao final, a maratona é mais do que uma simples corrida; é um desafio pessoal e uma oportunidade de superação. Respeitar o cânone da preparação é importante, mas também é essencial encontrar um equilíbrio entre a tradição e a liberdade na corrida.