Matemática favorece recondução de Ursula von der Leyen à presidência da Comissão Europeia: Parlamento Europeu decidirá futuro.




Artigo Journalístico

Com a matemática a seu favor, Ursula von der Leyen busca a recondução à presidência da Comissão Europeia. Indicada pelo Conselho Europeu para um segundo mandato de cinco anos, ela agora enfrenta o desafio de obter a confirmação do Parlamento Europeu.

A aparente facilidade reside no número de votos necessários: 361, metade mais um das 720 cadeiras. No entanto, a aliança de centro que a apoia atualmente conta com 405 deputados, concedendo uma margem confortável para a recondução.

No entanto, a política não se resume à matemática. As incertezas em relação à recondução de Von der Leyen estão mais evidentes dentro de seu próprio partido, o EPP. O dilema da direita europeia está em jogo, com divisões internas sobre a proximidade com a esquerda ou a ultradireita.

Enquanto as siglas partidárias representam ideias semelhantes, a alemã Von der Leyen faz parte do EPP, de centro-direita. Seu governo anterior contou com o apoio de diferentes partidos, como os Socialistas e Democratas (S&D), de centro-esquerda, e o Renovar a Europa (Renew), de centro, além dos Verdes em questões específicas.

A atual divisão na política europeia destaca três blocos distintos: esquerda, direita e ultradireita. O dilema da direita em se unir à esquerda, contra os extremos políticos, ou à ultradireita, tem desafiado o posicionamento do EPP e de partidos similares em toda a Europa.

Em meio a esse cenário, o principal ponto de discórdia dentro do EPP é o Pacto Ecológico Europeu. Agricultores em diversos países contestam as regras rígidas de sustentabilidade impostas pelo pacto, temendo competir com produtos importados que não seguem as mesmas normas.

A votação crucial para a recondução de Von der Leyen sinaliza a manutenção do “cordão sanitário” entre os partidos centristas e os extremos. A União Europeia aguarda ansiosa pelo desfecho desse cenário político complexo, que impactará diretamente em questões ambientais e econômicas do continente.


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