O paleontólogo Rodrigo Müller, da UFSM, destacou a importância do achado, descrevendo-o como um dos dinossauros mais antigos do mundo. Além de sua antiguidade, a preservação quase completa do fóssil torna-o extremamente valioso para fornecer informações anatômicas essenciais para o entendimento da origem dos dinossauros.
O dinossauro descoberto era carnívoro e bípede, com capacidade de locomoção com as patas traseiras e membros superiores ágeis para a captura de presas. Acredita-se que o animal poderia ter atingido um tamanho maior se não tivesse falecido precocemente. A descoberta enriquece a coleção do Cappa, que é reconhecido como um dos principais centros do mundo para o estudo da origem dos dinossauros.
As intensas chuvas de maio auxiliaram na exposição do material fóssil, acelerando o processo de erosão no sítio fossilífero de São João do Polêsine. Os pesquisadores estão empenhados em resgatar quaisquer descobertas adicionais antes que sejam destruídas devido às condições climáticas adversas.
Após a coleta, o material foi levado ao Cappa para análise detalhada. O processo de extração cuidadosa do fóssil da rocha exigirá meses de trabalho. Uma vez concluídas as investigações, os resultados serão publicados em uma revista científica especializada, onde o fóssil receberá um nome oficial.
A descoberta do fóssil quase completo é considerada um avanço significativo, já que dinossauros completos desta idade são raros. A região central do Rio Grande do Sul tem se destacado como um local importante para a pesquisa paleontológica, com várias descobertas relevantes. A importância do fóssil recém-descoberto servirá como referência anatômica e guiará futuros estudos na área da paleontologia.