Presidente afastado da empresa UPBus é preso por descumprimento de medidas cautelares em operação do Gaeco.




Presidente da UPBus é preso por descumprimento de medidas cautelares

Presidente da UPBus é preso por descumprimento de medidas cautelares

O presidente afastado da empresa de ônibus UPBus, Ubiratan Antônio da Cunha, foi preso nesta terça-feira (16) a pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), por descumprimento de medidas cautelares.

Ubiratan Antônio da Cunha é réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, sendo um dos alvos da Operação Fim da Linha, deflagrada em abril para investigar suspeitas de ligação de empresas de ônibus com a facção PCC (Primeiro Comando da Capital). O mandado de prisão foi cumprido pela 2ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio, da Polícia Civil.

Ao tentar entrar em contato com a defesa de Cunha e a empresa UPBus, a Folha não obteve retorno até o momento da publicação deste texto.

Segundo relatos, apesar de ter sido impedido pela Justiça de frequentar a sede da empresa, Cunha foi visto no local acompanhado de funcionários, em desacato à decisão judicial. Além disso, o presidente foi acusado de expulsar integrantes da cooperativa anterior à UPBus, utilizando força física e intimidação verbal.

As investigações revelaram que 23 armas de fogo foram apreendidas na residência de Ubiratan, juntamente com seu celular, após o episódio de violência. Em 2022, o Denarc já havia realizado uma operação semelhante resultando na apreensão de armas do dirigente.

Operação Fim da Linha

No mês de abril, as empresas de ônibus UPBus e Transwolff foram alvo de uma operação liderada pelo Ministério Público de São Paulo em conjunto com outras instituições, devido às suspeitas de envolvimento com o PCC e lavagem de dinheiro. Ambas as empresas recebiam subsídios milionários da Prefeitura de São Paulo e transportavam centenas de milhares de passageiros diariamente.

A Transwolff, uma das maiores empresas do setor, foi surpreendentemente incluída na investigação, enquanto a UPBus já era alvo de suspeitas anteriores após ação do Denarc em 2022.


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