O Monitor do PIB, que funciona como uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), traz informações importantes sobre a situação econômica do país. A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, ressaltou que o crescimento da economia em maio foi impulsionado pelo consumo das famílias, que registrou a maior alta do ano. Além disso, os investimentos também tiveram um crescimento neste período, indicando uma demanda interna aquecida.
Porém, a capacidade produtiva do país não acompanhou o mesmo ritmo da demanda interna, já que apenas a agropecuária apresentou crescimento, enquanto a indústria e o setor de serviços ficaram estáveis. Esse descompasso pode gerar uma pressão inflacionária caso persista ao longo dos próximos meses, conforme alertou a economista.
O estudo da FGV também revela que o consumo das famílias teve um incremento de 4,6% no trimestre móvel terminado em maio, com maior influência nos serviços e produtos não duráveis. Já em relação à Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), houve um avanço de 4,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, refletindo um aumento nos investimentos.
As exportações cresceram 3,2%, porém em um ritmo mais lento do que nos meses anteriores, enquanto as importações tiveram um aumento de 10,3%. A FGV estima o PIB brasileiro em maio em R$ 4,528 trilhões.
Esses dados preliminares se aproximam do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que indicou um crescimento de 0,25% em maio. Os números oficiais do PIB, divulgados trimestralmente pelo IBGE, mostraram um crescimento de 2,5% no primeiro trimestre do ano, e o resultado do segundo trimestre será conhecido em setembro.