A Força Nacional, criada em 2004 e coordenada pelo Ministério da Justiça, é composta por policiais militares e civis, bombeiros e profissionais de perícia cedidos temporariamente pelos governos estaduais e do Distrito Federal. A atuação da Força Nacional nos estados é dirigida pelos gestores públicos locais, segundo informação do próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Além de Roraima, a Portaria 720 dispõe sobre o emprego da Força Nacional de Segurança Pública na região da Terra Indígena Cacique Doble, no Rio Grande do Sul. Os agentes atuarão em conjunto com os órgãos de segurança pública gaúchos, apoiando a Funai nas atividades necessárias para a preservação da ordem pública e da segurança das pessoas e do patrimônio.
A região da Terra Indígena Cacique Doble tem sido palco de violentas disputas entre grupos indígenas rivais. Desde 2022, a área enfrenta conflitos que resultaram em assassinatos e outras formas de violência. Mesmo com a presença de novas lideranças, os crimes continuaram a acontecer, incluindo tentativas de homicídio, lesões corporais, porte ilegal de armas, entre outros.
Além da Terra Indígena Cacique Doble, os agentes da Força Nacional também atuarão em outras áreas indígenas no Rio Grande do Sul, como a Terra Indígena Passo Grande do Rio Forquilha, a reserva Guarita e Nonoai. Essas ações visam garantir a segurança e a ordem nessas regiões que enfrentam desafios relacionados à criminalidade e às disputas internas entre grupos indígenas rivais.