Flávio Bolsonaro é apontado como o “maior culpado” na Operação Furna da Onça, revela gravação vazada na Operação Última Milha




Bolsonaro aponta Flávio como principal culpado na Operação Furna da Onça

O ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrou sua insatisfação ao afirmar que seu filho 01, o senador Flávio Bolsonaro, seria o “maior culpado” na Operação Furna da Onça, que investiga um esquema de corrupção envolvendo deputados estaduais do Rio de Janeiro. Embora Flávio não tenha sido alvo da operação na época, um relatório de inteligência financeira levou à abertura de investigações sobre as ‘rachadinhas’ e o caso Queiroz.

A reclamação de Bolsonaro surgiu após as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach exporem uma estratégia para colocar os auditores responsáveis pelo relatório de inteligência financeira na mira de uma investigação interna da Receita Federal. Bolsonaro questionou se os deputados investigados estariam se defendendo, afirmando que Flávio era o principal culpado na Furna da Onça devido a suas ligações com a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

O descontentamento de Bolsonaro veio à tona em uma gravação descoberta na Operação Última Milha, que desfez a chamada Abin paralela, um grupo instalado na Agência Brasileira de Inteligência durante seu governo. O conteúdo da conversa sugere que Bolsonaro e o então diretor da Abin, delegado Alexandre Ramagem, planejaram formas de interferir nas investigações sobre Flávio Bolsonaro e as ‘rachadinhas’.

Após a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, defendeu o ex-presidente, destacando que a conversa evidencia o amor de Bolsonaro pelo Brasil. As advogadas de Flávio afirmaram que o relatório de inteligência financeira relacionado a Flávio teria sido encomendado e que uma suposta organização criminosa na Receita Federal estaria tentando prejudicar o senador. Elas buscavam uma prova que pudesse beneficiar não apenas Flávio, mas também outros investigados.

Com base nas informações reveladas na gravação, o caso ganha contornos de complexidade e intrigas políticas, levantando questionamentos sobre o uso da estrutura presidencial para proteger interesses pessoais. A repercussão do envolvimento de Flávio Bolsonaro na Operação Furna da Onça continua a despertar debates e especulações sobre os desdobramentos futuros desse escândalo político.


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