A BlackRock foi fundada em 1988. A empresa foi criada pelo cientista político Larry Fink, seu atual CEO, e outros sete sócios. Parte dos fundadores havia trabalhado no First Boston, um banco de investimentos com sede em Nova York, e decidiu usar o conhecimento adquirido na instituição para se dedicar à gestão de riscos empresariais e ativos institucionais de renda fixa.
Desde 2006, a BlackRock já comprou ou se fundiu com outras 13 empresas. Os negócios mais caros foram na aquisição da Barclays Global Investor, em 2009, e da Global Infrastructure Partners, em janeiro de 2024, custando US$ 13,5 bilhões e US$ 12,5 bilhões, respectivamente.
Por conta dessas aquisições, a BlackRock foi apontada como uma “propriedade comum”. Esse termo define negócios em que grandes investidores detêm ações em várias empresas que operam no mesmo setor. Esse arranjo pode reduzir os incentivos para competição entre essas empresas, já que elas internalizam os efeitos de suas ações competitivas sobre as outras, impactando potencialmente seus próprios lucros. A prática é descrita em diversas legislações de antitruste.
No fim de junho, a BlackRock tinha US$ 10,646 trilhões em ativos sob sua administração. Nesta segunda-feira (15), a empresa divulgou em um balanço financeiro que teve lucro líquido de US$ 1,5 bilhão no segundo trimestre de 2024 (ou US$ 9,99 por ação), 9% maior do que o ganho de US$ 1,37 bilhão obtido no mesmo período do ano passado.
Empresa foi beneficiada por lei tributária de Trump. Em 2018, a Reuters reportou que a BlackRock atingiu um valor recorde (à época) em ativos: US$ 6 trilhões. O resultado só teria sido possível graças a uma reforma tributária implementada pelo ex-presidente, que reduziu as taxas de renda corporativa e individual.
Fink confirmou à Reuters o impacto positivo da reforma. À época, o CEO disse que a reforma tributária estava colocando mais dinheiro no bolso dos seus clientes, que eles precisariam investir, e que o aumento do caixa poderia permitir investir mais no futuro da empresa.