No último fim de semana, o político argentino Javier Milei esteve presente em uma conferência de golpistas em Santa Catarina, a Cpac Brasil.
Em seu discurso, Milei fez críticas ao socialismo, afirmando que é uma filosofia baseada na inveja e no ressentimento. Sua fala foi direcionada a personalidades como o deputado Mário Frias, ex-ministro da Cultura do governo Bolsonaro, que é conhecido por sua carreira de ator fracassada e invejar talentosos; aos seguidores de Olavo de Carvalho, que sempre se sentiram ignorados pela elite filosófica; e aos apoiadores de Paulo Guedes, que nutrem ressentimento em relação aos economistas da PUC-RJ. Durante o evento, bolsonaristas entoavam gritos contra políticos que os derrotaram nas eleições anteriores e contra um juiz que impediu a continuidade de suas ações no poder.
O populismo de extrema direita muitas vezes busca criar um inimigo comum, e no caso da Cpac Brasil, esse inimigo seriam as elites imaginárias formadas por artistas, professores e estudantes cotistas.
Durante a conferência, o presidente Jair Bolsonaro condecorou Milei com a medalha “triplo i”, destacando-o como “imorrível, imbrochável e incomível”. Essa atitude provocativa gerou constrangimento até mesmo em Milei, conhecido por declarações polêmicas em programas de TV argentinos.
O governador Tarcísio de Freitas tentou destacar supostas realizações do governo Bolsonaro, porém teve dificuldade em apresentar exemplos concretos. Além disso, a preferência da família Bolsonaro por transações em dinheiro vivo e a evasão de sistema bancário por parte de seus emissários foram mencionados durante o evento.
A Cpac Brasil foi descrita como uma reunião ligada ao golpe fracassado de 2022, reunindo figuras polêmicas e preocupantes. O encontro foi visto como um lembrete do perigo que a falta de responsabilidade política pode representar para o Brasil e a Argentina.
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