Entre os estados que tiveram um crescimento superior à média nacional, o Rio Grande do Sul se destacou como o quinto colocado, o que pode ser atribuído, segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, à compra de itens para doação e a uma “corrida aos mercados”. Santos destacou que as pessoas estão indo aos mercados para fazer compras preventivas, antecipando a possibilidade de desabastecimento.
A situação de emergência causada pelas enchentes que atingiram o estado resultou numa mobilização da população, que se engajou em campanhas de arrecadação e doações para ajudar as vítimas. Além das perdas humanas, a tragédia climática afetou a economia local, com a interrupção da produção, destruição de rodovias e o fechamento de pontos de venda.
O segmento de hiper e supermercados foi um dos mais impulsionados pelas compras emergenciais, juntamente com as atividades de tecidos, vestuário, calçados, móveis, eletrodomésticos, e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria. De acordo com o pesquisador do IBGE, o efeito das doações também influenciou o aumento nas vendas de calçados e eletrodomésticos.
Santos ressaltou que o crescimento identificado pela pesquisa não é apenas um reflexo da inflação, sendo também impulsionado pelo volume de vendas. Ele também destacou que o efeito das doações também foi sentido em outros estados, uma vez que itens foram comprados em diversas regiões e enviados para as áreas afetadas. No entanto, esses impactos podem não ser tão evidentes em outras localidades.