Segurança Cibernética em Destaque: Fórum Econômico Mundial aponta aumento de ataques e Brasil precisa avançar na proteção online.







Artigo Jornalístico

O Fórum Econômico Mundial (WEF, sigla em inglês) identifica a segurança cibernética como um dos 10 principais riscos globais (setor público e setor privado). Os ataques cibernéticos dobraram globalmente desde a pandemia. Os ataques estão se tornando cada vez mais sofisticados. O custo médio de uma violação de dados para uma instituição governamental em 2020 foi de US$ 4,441 milhões (aproximadamente R$ 24 milhões). O Brasil tem um alto nível de digitalização, mas precisa amadurecer em segurança cibernética. Esses são alguns dos dados apresentados pelos participantes de uma audiência pública sobre os riscos internacionais à segurança digital, promovida pela Subcomissão Permanente de Defesa Cibernética, realizada na terça-feira (9).

A subcomissão, que funciona no âmbito da comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), foi criada por iniciativa do senador Esperidião Amin (PP-SC) para acompanhar a política pública relacionada à defesa cibernética e sugerir propostas.

Para Amin, o Brasil já está atrasado em relação a esse tema e é necessário que o Executivo conduza ações para prevenir e combater os riscos de ataques que podem afetar os bancos, o sistema financeiro, o sistema de infraestrutura como logística, hidrelétricas e energia, entre outros alvos potenciais.

Amin defende a criação de uma agência governamental, e o compartilhamento de experiências.

Os participantes também discutiram sobre a importância da governança nacional e da colaboração com outras entidades internacionais e tecnológicas. Santiago Paz, especialista setorial em Segurança Cibernética, destacou o papel do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de agências de países da América Latina, Estados Unidos e Europa.

Jorge Blanco, diretor de Segurança da Informação (CISO) do Google, alertou para o crescimento dos ciberataques contra o Brasil, devido à sua influência global e economicamente forte. Blanco destacou a importância de uma postura proativa em relação à segurança digital e recomendou investimentos em profissionais e educação nessa área.

Padrões de Segurança

Rafael Gonçalves, representante da empresa privada de segurança cibernética Trellix, apresentou os desafios enfrentados pelas empresas devido ao alto volume de eventos e à escassez de profissionais qualificados. Ele ressaltou a necessidade de criação de uma agência de cibersegurança para padronizar e proteger as empresas.

Experiências dos Estados Unidos

Patricia Soller, líder do Colaborativo Conjunto de CiberDefesa, compartilhou a experiência do governo dos Estados Unidos na área de cibersegurança. Ela destacou a importância da legislação e da colaboração com empresas privadas e parceiros internacionais, como o Brasil. Soller ressaltou a necessidade de relatórios detalhados para entender as ameaças e riscos específicos.

Integração para a Segurança Digital

Paulo Manzato, chefe da área de Setor Público da Cloudfare, enfatizou a importância da colaboração entre setor público e privado para garantir uma defesa eficaz e antecipar ataques cibernéticos. Ele ressaltou a troca de informações e a educação como pilares fundamentais para a segurança digital.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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