Reforma tributária de Lula diverge de acordos prévios e gera polêmica entre parlamentares e governo.





No decorrer das discussões sobre a reforma tributária, uma reviravolta surpreendente aconteceu. A ordem de Lula foi totalmente distinta do que vinha sendo acordado pelo grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário especial da reforma tributária, Bernard Appy.

A partir desse momento, o que se viu foi a aprovação de uma série de benefícios fiscais para diversos setores, como carnes, queijos, gás, petróleo, medicamentos, flor, suco de uva, e mais uma extensa lista de produtos.

Diante disso, a solução encontrada pelo grupo de Lira foi estabelecer um limite de 26,5% para a alíquota total do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e deixar questões a serem resolvidas na implementação da reforma.

O deputado Claudio Cajado (PP-BA), em entrevista à coluna, afirmou: “O governo será forçado a manter esse limite. Mais adiante, terá que decidir quais produtos serão priorizados. Estou celebrando a reforma devido a essa restrição”.

Por sua vez, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) expressou sua opinião: “Vamos monitorar a arrecadação ao longo de oito anos. Isso reduzirá a evasão fiscal e teremos uma arrecadação significativa. Estou convicto de que essa alíquota não ultrapassará os 25%”.

O que motivou a decisão atípica de Lula, indo de encontro às orientações de sua equipe econômica, permanece como um mistério a ser desvendado.



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