Abin Paralela fez ações clandestinas no caso Jair Renan, segundo a Polícia Federal, revelando possível desvio de funções e omissão institucional.




Artigo Jornalístico

A Polícia Federal revelou que a ‘Abin Paralela’ realizou ações clandestinas sobre os principais alvos do inquérito envolvendo Jair Renan, filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, por suspeita de tráfico de influência. Os agentes de inteligência afirmaram que o sistema de rastreamento First Mile, que monitora a localização de celulares, era essencial para monitorar Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan.

A atuação da ‘Abin Paralela’ no caso Jair Renan levou a Polícia Federal a concluir que o esquema de espionagem não apenas desviava as funções da Agência Brasileira de Inteligência, mas também falhava em cumprir seu dever institucional. A estrutura paralela coletou informações sobre os aliados de Jair Renan que não eram conhecidas pelos investigadores do inquérito sobre tráfico de influência.

Os diálogos entre o agente Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes Rodrigues, que atuaram no Centro de Inteligência Nacional da Abin sob o comando de Alexandre Ramagem, foram cruciais para a investigação da PF. A ‘lamúria’ sobre a falta do sistema First Mile durante a ação clandestina que interferiu na investigação de Jair Renan chamou a atenção da polícia.

Além de acompanhar Jair Renan, a ‘Abin Paralela’ também monitorou o empresário Luiz Felipe Belmonte, alvo de busca e apreensão no inquérito das milícias digitais. Segundo a PF, os agentes adotaram a estratégia de buscar informações comprometedoras e até extorquir o empresário.

A omissão da inteligência legítima da Abin e a falta de apoio estratégico ao ex-presidente Jair Bolsonaro foram destacadas pela Polícia Federal. A corporação avaliou que as ações clandestinas da Abin geraram informações não disponíveis para a Polícia Federal no DF, o que contribuiu para o desvio institucional da agência.


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