A recomendação da entidade para o uso de autotestes para a detecção da hepatite C, feita no ano de 2021, tem como objetivo complementar os serviços já existentes de testagem da doença. A ideia é ampliar o acesso e a utilização dos serviços de diagnóstico, principalmente entre aquelas pessoas que, de outra forma, não procurariam fazer o teste.
De acordo com dados da OMS, a cada dia, 3,5 mil pessoas morrem no mundo em decorrência das hepatites virais. Ainda mais alarmante é o fato de que, dos 50 milhões de indivíduos que convivem com a hepatite C, apenas 36% receberam diagnóstico positivo e somente 20% tiveram acesso ao tratamento até o final de 2022. Diante desse cenário preocupante, a pré-qualificação do autoteste representa uma forma segura e eficaz de ampliar a testagem para hepatite C, garantindo que mais pessoas sejam diagnosticadas e tratadas adequadamente.
Essa nova tecnologia, além de facilitar o acesso ao diagnóstico, também contribui para um melhor controle da doença, permitindo que mais indivíduos sejam identificados e tratados precocemente. Com a pré-qualificação do autoteste pela OMS, espera-se que haja uma redução significativa da transmissão da hepatite C e um aumento da qualidade de vida daqueles que convivem com a doença.