Mineração ilegal ameaça terras indígenas na Amazônia: líderes denunciam aumento de 495% em garimpos em uma década.





Em uma coletiva de imprensa realizada recentemente, um líder indígena fez duras críticas ao Congresso Nacional em relação à análise da PEC 48. De acordo com ele, “O Congresso brasileiro é contra nós e muitas vezes a ameaça vem na forma da lei”. O líder ainda alertou que, atualmente, a grande ameaça é a mineração ilegal de ouro, mas que no futuro poderá ser o regulamento da mineração industrial dentro das terras indígenas.

“Não queremos nenhum tipo de exploração dos recursos naturais em nossos territórios”, enfatizou o líder indígena.

Missão

Durante toda a semana, um grupo de indígenas apoiado por diversas organizações, como Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace, Instituto Iepé, Rainforest Foundation Norway e Instituto Race and Equality, tem apresentado dados alarmantes aos relatores e equipes da ONU. Eles mostraram que a atividade de garimpo em territórios dos povos Kayapós, Yanomami e Munduruku aumentou em 495% entre 2010 e 2020.

Segundo os indígenas, a exploração ilegal de ouro em Terras Indígenas na Amazônia brasileira resultou em um desmatamento diário equivalente a quatro campos de futebol em 2023. Os povos Kayapó, Munduruku e Yanomami são os mais afetados, com 95% dos garimpos ilegais, totalizando 26,7 mil hectares destruídos até metade de 2024.

Durante reuniões fechadas com equipes da ONU, as lideranças Kayapó e Ye’kwana apresentaram suas demandas ao estado brasileiro. Eles estão empenhados em mostrar ao mundo a situação alarmante das terras indígenas e a urgência de medidas de proteção.


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