Minha referência é de duas naturezas: é o que poderia ser — e, portanto, deveríamos perseguir; esse poderia ser, não é fácil, mas se a gente deixar por menos vai ser impossível — e a promessa eleitoral. O emprego melhorou? Melhorou. Quanto? 2,5% sobre uma taxa de 7,9% que cai para 7,1%. A inadimplência e a humilhação dos brasileiros que estão no SPC, que é uma trava —isso não é demagogia— é uma trava orgânica ao desenvolvimento econômico do país que, infelizmente, tem no consumo das famílias o seu principal motor: ficou na mesma.
Ciro Gomes, ex-ministro
Nomes como “emenda Pix” disfarçam peculato
Em declaração contundente, o ex-ministro Ciro Gomes criticou veementemente a forma de distribuição de recursos públicos por meio de emendas parlamentares, afirmando que tais práticas servem para disfarçar o crime de peculato e desvirtuam o propósito das emendas.
O modelo econômico brasileiro foi curtido numa madrugada de 1999, no colapso do Real 1, com o Fernando Henrique [Cardoso] operando um Banco Central particular. Ali, nós temos câmbio flutuante, superávit primário, meta de inflação. Na sequência, foram introduzidos autonomia —que eu acrescento, criminosa, na forma como foi feita— do Banco Central e política de paridade de preços internacionais da Petrobras. Essas cinco providências são rigorosamente o modelo econômico que Lula recebeu de Bolsonaro, que Bolsonaro recebeu de Temer e que Temer recebeu de Fernando Henrique e por assim vai. É rigorosamente a mesma coisa.
Ciro Gomes também alertou sobre a cristalização de uma plutocracia no Brasil, destacando a corrupção e a falta de renovação no Congresso Nacional. Para ele, o atual modelo de gestão política favorece um Congresso marcado por interesses fisiológicos e ultrarreacionários, tornando difícil a renovação e promovendo a perpetuação de práticas questionáveis.
O político citou exemplos de direcionamento indevido de recursos, denominando práticas como emendas de relator, emendas de comissão e emendas “Pix”, como formas de disfarçar o peculato e a pulverização irregular de verbas. Ele criticou o financiamento dessas práticas e destacou os altos valores destinados a tais fins, evidenciando a fragilidade do atual sistema político brasileiro.
Ciro Gomes, ex-ministro