O embate teve início com grandes mobilizações populares em São Paulo, que se estenderam para outros estados como Minas Gerais, Alagoas e Rio Grande do Sul. A faísca que acendeu a revolta foi uma manifestação em 1931, violentamente reprimida pelo governo. A situação se agravou com a morte de quatro estudantes em um confronto no escritório do Partido Popular Paulista, que se tornaram mártires do movimento.
A rebelião armada teve início em 9 de julho, com voluntários se apresentando para lutar pela causa paulista. No entanto, o exército federal, com maior número de soldados e melhor equipamento, conseguiu sobrepujar as forças paulistas, que acabaram perdendo o apoio de outros estados. Após três meses de batalha, os paulistas se renderam em 2 de outubro.
Após a revolução, foram realizadas eleições para a Assembleia Constituinte em 1933 e, em seguida, a Constituição brasileira foi elaborada e promulgada por Getúlio Vargas em 1934. O historiador Francisco Quartim de Moraes aponta as complexas razões que levaram São Paulo a se rebelar contra o governo central, destacando a busca pela retomada do poder político.
Apesar das polêmicas e divergências em relação às motivações da Revolução Constitucionalista de 1932, o movimento deixou um legado importante ao criar um sentimento de identidade no povo paulista, fortalecendo a ‘paulistaneidade’. A data de 9 de julho continua sendo lembrada e comemorada como um marco na história de São Paulo, reforçando a importância da luta por liberdade e autonomia.