Revolução Constitucionalista de 1932: 92 anos de luta pela democracia em São Paulo

No dia 9 de julho comemoramos o aniversário de 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, um evento marcante na história do estado de São Paulo. Essa data é considerada magna porque representou um conflito armado entre as forças paulistas que buscavam derrubar o governo de Getúlio Vargas, que assumiu a presidência após um golpe de Estado em 1930. O conflito surgiu, em parte, devido à ruptura da política do ‘café com leite’, que alternava o poder entre as elites de Minas Gerais e São Paulo durante a República Velha.

O embate teve início com grandes mobilizações populares em São Paulo, que se estenderam para outros estados como Minas Gerais, Alagoas e Rio Grande do Sul. A faísca que acendeu a revolta foi uma manifestação em 1931, violentamente reprimida pelo governo. A situação se agravou com a morte de quatro estudantes em um confronto no escritório do Partido Popular Paulista, que se tornaram mártires do movimento.

A rebelião armada teve início em 9 de julho, com voluntários se apresentando para lutar pela causa paulista. No entanto, o exército federal, com maior número de soldados e melhor equipamento, conseguiu sobrepujar as forças paulistas, que acabaram perdendo o apoio de outros estados. Após três meses de batalha, os paulistas se renderam em 2 de outubro.

Após a revolução, foram realizadas eleições para a Assembleia Constituinte em 1933 e, em seguida, a Constituição brasileira foi elaborada e promulgada por Getúlio Vargas em 1934. O historiador Francisco Quartim de Moraes aponta as complexas razões que levaram São Paulo a se rebelar contra o governo central, destacando a busca pela retomada do poder político.

Apesar das polêmicas e divergências em relação às motivações da Revolução Constitucionalista de 1932, o movimento deixou um legado importante ao criar um sentimento de identidade no povo paulista, fortalecendo a ‘paulistaneidade’. A data de 9 de julho continua sendo lembrada e comemorada como um marco na história de São Paulo, reforçando a importância da luta por liberdade e autonomia.

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