Derrota da extrema-direita na França mostra que é possível barrar ameaças à democracia através do voto democrático, destaca senador.

O senador Jorge Kajuru, do PSB de Goiás, celebrou em seu pronunciamento nesta terça-feira (9) a derrota da extrema-direita no segundo turno das eleições parlamentares na França, que ocorreu no último domingo (7). Kajuru elogiou a estratégia do voto útil, que uniu legendas da extrema-esquerda à centro-direita, resultando em um comparecimento eleitoral recorde de quase 70%.

“A chamada frente republicana não conseguiu conter o avanço da extrema-direita, que saiu mais fortalecida e continua representando uma ameaça à democracia, mas demonstrou aos franceses e a eleitores de todo o mundo que a extrema-direita pode ser derrotada de forma democrática. Os problemas na França, entretanto, não desapareceram com o afastamento desse risco imediato. Será necessário buscar uma conciliação entre os vitoriosos. Acredito que os líderes políticos franceses que impediram a ascensão da extrema-direita saberão lidar com essa situação”, afirmou o senador.

O parlamentar também destacou que a França possui experiência com o regime de coabitação, no qual presidente e primeiro-ministro pertencem a partidos adversários. Kajuru mencionou o período vivido pelo país sob a presidência de Jacques Chirac, conservador, e o primeiro-ministro socialista Lionel Jospin, entre 1997 e 2002.

“Em um momento crucial para o mundo, a França tem a capacidade de elaborar um projeto de Estado que leve em consideração o verdadeiro interesse nacional e fique acima das divisões ideológicas. O essencial é criar as condições para garantir a estabilidade do país e fortalecê-lo para evitar a ascensão de correntes políticas que, uma vez no poder, buscarão minar as instituições e a democracia. A humanidade, no século 21, não pode permitir que políticos defensores de ideias ultrapassadas dominem o debate. É fundamental rejeitar discursos de ódio e criar impedimentos para aqueles que pregam a xenofobia, o racismo, o sexismo, o ageísmo, o capacitismo, a homofobia e a intolerância religiosa”, concluiu o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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