Previsão do mercado financeiro indica dólar a R$ 5,20 no final de 2024, aponta Boletim Focus do Banco Central.

O mercado financeiro prevê que o dólar encerrará o ano de 2024 cotado a R$ 5,20, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (8) em Brasília. A estimativa atual representa um aumento em relação às previsões anteriores, que indicavam uma taxa de R$ 5,05 no final do ano. Esta projeção mantém o valor da moeda americana abaixo do patamar atual de negociação, uma vez que na semana passada o dólar fechou em R$ 5,46 e, anteriormente, em R$ 5,66.

O comportamento do dólar em relação ao real tem um impacto significativo na economia brasileira. Uma moeda desvalorizada eleva o preço dos produtos importados, pressionando a inflação para cima, enquanto favorece as exportações ao tornar os produtos brasileiros mais competitivos no exterior. Por outro lado, um dólar valorizado torna os produtos importados mais acessíveis no Brasil, aliviando a inflação, mas prejudicando a indústria nacional ao enfrentar uma concorrência mais forte de produtos estrangeiros.

Além disso, as instituições financeiras também esperam que o dólar se mantenha cotado a R$ 5,20 ao final de 2025. Em relação à inflação medida pelo IPCA, a projeção para 2024 aumentou para 4,02%, enquanto para 2025 houve um leve acréscimo de 3,87% para 3,88%. Esses valores estão dentro da meta de inflação do Banco Central, que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

As projeções para a taxa básica de juros do país, a Selic, indicam que ela permanecerá em 10,5% até o final de 2024, com expectativa de queda para 9,50% em 2025, e 9% em 2026 e 2027. A taxa Selic desempenha um papel crucial na economia, influenciando as condições de crédito e o ritmo de atividade econômica, podendo estimular ou desacelerar o consumo e a geração de empregos.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, as projeções apontam para um crescimento de 2,10% em 2024 e de 1,97% em 2025. Esses números representam uma melhora nas estimativas em relação às semanas anteriores, refletindo a perspectiva de uma recuperação econômica gradual nos próximos anos.

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