De acordo com o relatório da PF, que resultou no indiciamento do ex-presidente e mais 11 pessoas, o objetivo da atuação foi desviar mais de R$ 25 milhões em bens recebidos em razão do cargo presidencial. O sigilo do relatório foi levantado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator do caso.
As investigações apontam que a equipe do ex-presidente teria utilizado o avião presidencial para levar do país bens de alto valor, recebidos por Bolsonaro e pela comitiva do governo brasileiro durante viagens internacionais. O relatório destaca a retirada de pelo menos três kits de joias, incluindo esculturas douradas, peças da marca Chopard e um relógio Rolex.
Em um dos casos mencionados no documento, o general da reserva Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, teria recebido dinheiro em sua conta para ocultar a origem dos recursos provenientes da venda das joias. A PF identificou que US$ 68.000 oriundos da venda de relógios foram depositados na conta de Mauro Cesar Lourena Cid com o intuito de ocultar a origem ilícita dos bens.
A investigação continua em andamento para apurar todas as circunstâncias e responsabilidades envolvidas no esquema de desvio de recursos do governo brasileiro. Aguarde mais informações sobre esse caso que movimentou a política nacional nos últimos dias.