Governo argentino impõe travas para execução do orçamento do IPPDH, dificultando a promoção dos direitos humanos na região do Mercosul.





Durante a abertura da reunião de chefes de Estado hoje, o chanceler paraguaio, Ruben Ramirez Lezcano, destacou a importância das pautas sociais para o Mercosul, conduzidas pelo IPPDH. No entanto, o governo do presidente Javier Milei tem criado obstáculos para o funcionamento do Instituto, dificultando as contratações, de acordo com um relatório ao qual o UOL teve acesso.

No encontro entre os chanceleres dos países do bloco neste domingo, 7, o diplomata brasileiro Mauro Vieira indiretamente abordou a chanceler Diana Mondino, representante de Milei na reunião desta segunda, sobre a importância de expandir as atividades do IPPDH para promover os direitos humanos na região.

Obstáculos na execução do orçamento

Segundo fontes consultadas, a Argentina tem colocado obstáculos na execução total do orçamento já aprovado, o que significa avançar no cumprimento das competências e funções do IPPDH determinadas pelas autoridades do Conselho do Mercado Comum.

O relatório destaca as atividades realizadas pelo IPPDH, incluindo estudos, pesquisas, cursos e ações em áreas como gênero, saúde mental para crianças e adolescentes pós-pandemia e políticas públicas para pessoas com deficiência, essenciais para a região. O documento defende o Instituto e reflete a tensão entre a diplomacia brasileira e argentina durante a reunião dos chanceleres do bloco em Assunção.

A divergência entre Brasil e Argentina em relação às políticas de direitos humanos ficou evidente no primeiro dia da Cúpula. Mauro Vieira defendeu a criação de um comitê de mulheres e comércio do Mercosul, enfatizando a importância da igualdade nas democracias dos países.


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