O sigilo do documento foi levantado na última segunda-feira (8) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator do caso. Segundo a PF, as joias estavam nos Estados Unidos aguardando compradores, mas foram resgatadas de forma apressada e enviadas ao Brasil após informações veiculadas na imprensa sobre a investigação do esquema ilegal de venda dos itens.
Os investigadores conseguiram rastrear pelo menos três conjuntos de joias recuperados. Um deles, um conjunto masculino da marca Chopard, foi retirado de uma loja em Nova Iorque. O segundo conjunto, que inclui um relógio Rolex de ouro branco, estava em um estabelecimento em Miami e foi retirado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Já o terceiro conjunto de esculturas presenteadas por autoridades do Bahrein estava na residência do pai de Mauro Cid, Mauro Lourena Cid, um general da reserva do Exército que vivia nos Estados Unidos.
Além disso, a PF informou que um relógio da marca Patek Philippe desapareceu durante o processo de recuperação das joias. De acordo com o relatório, Mauro Cesar Lourena Cid seria o responsável por receber, em nome de Jair Bolsonaro, os recursos provenientes da venda dos bens. Os valores obtidos com as vendas eram repassados em espécie para Bolsonaro, com a intenção de evitar a detecção pelas autoridades.
Até o momento, a defesa de Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre o caso. A Agência Brasil continua tentando contato com os representantes legais do ex-presidente para obter mais informações e posicionamentos sobre as acusações feitas pela Polícia Federal.
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