Um dos destaques desse encontro foi a inovação de uma sessão conjunta dos Sherpas com representantes dos grupos de engajamento do G20. Essa iniciativa permitiu que os grupos transmitissem suas prioridades aos altos representantes governamentais, como parte do G20 Social, uma iniciativa brasileira para ampliar a participação de atores não governamentais nas atividades do G20.
Durante a reunião, os Sherpas discutiram o progresso dos trabalhos sob a presidência brasileira, com foco nas duas forças-tarefa criadas: uma aliança global contra a fome e a pobreza e uma mobilização global contra a mudança do clima.
O embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e Sherpa do Brasil no G20, explicou que as reuniões incluíram sessões de apresentação dos grupos de finanças, da força-tarefa contra a mudança do clima e da lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Além disso, houve discussões sobre temas geopolíticos e uma interação inédita entre os Sherpas do G20 e coordenadores dos grupos de engajamento da sociedade civil. Essa interação visava receber contribuições e sugestões dos grupos de engajamento para incorporar suas visões no processo decisório do G20.
Ao todo, foram 13 grupos de engajamento representados nessa interação, abordando assuntos como inteligência artificial, gênero e trabalho decente. Essa proximidade entre governo e sociedade civil foi uma orientação da presidência brasileira do G20.
Por fim, os Sherpas discutiram os próximos passos a serem dados até a realização da cúpula em novembro, incluindo a estrutura da futura declaração de líderes e a realização de reuniões ministeriais em julho. Essas discussões visam garantir que os resultados obtidos nas reuniões sejam efetivos e consistentes com as demandas dos diversos setores da sociedade.