PF conclui investigação sobre articulação de investigados contra Estado democrático; procurador-geral irá decidir sobre denúncia. Indiciados incluem ex-presidente da Aprosoja e jornalista bolsonarista, caso sob sigilo.

PF conclui investigação sobre suposta articulação contra Estado democrático

Após intensas investigações, a Polícia Federal finalizou o inquérito que apurava possíveis atos de indivíduos contra o Estado democrático. Os investigados teriam se articulado para realizar ações que colocariam em risco a democracia do país. O relatório final foi encaminhado no último mês ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que agora irá analisar os documentos e decidir se apresentará denúncia contra os acusados. Até o momento, o caso segue sob sigilo, mantendo a identidade dos envolvidos resguardada.

Dentre os indiciados está o ex-presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho), Antônio Galvan, e o jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio. Ambos foram acusados dos delitos de incitação ao crime e associação criminosa, de acordo com as informações presentes no inquérito da PF.

Posicionamentos dos envolvidos

O cantor Sérgio Reis optou por não se pronunciar, alegando que não foi oficialmente notificado sobre seu indiciamento. Já a defesa de Zé Trovão alegou não ter conhecimento do inquérito e se recusou a comentar sobre o assunto.

Por sua vez, o empresário Antonio Galvan preferiu não se manifestar publicamente sobre as acusações que pesam contra ele.

O jornalista Oswaldo Eustáquio, por sua vez, classificou o indiciamento da Polícia Federal como uma “perseguição política”. Segundo ele, o objetivo nunca foi promover um golpe de estado, como sugere o inquérito. Eustáquio ainda destacou que o seu enquadramento nas acusações se deve à entrevista realizada com Zé Trovão, sendo, segundo ele, uma forma de cerceamento da liberdade de imprensa.

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