Os familiares do empresário Pasquale Mauro, falecido em 2016, divulgaram uma nota oficial nesta quinta-feira (4) para esclarecer que ele não realizou transações de compra ou venda de lotes de terra com representantes da família Brazão. Esta informação é relevante devido à associação do nome de Pasquale Mauro a operações imobiliárias com Domingos Brazão, suspeito de envolvimento no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), conforme investigações da Polícia Federal e da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Na nota, os representantes legais do Espólio de Pasquale Mauro enfatizaram: “Diante do equívoco, vamos formalizar os devidos esclarecimentos junto à Polícia Federal e ao Ministério Público, considerando que Pasquale Mauro nunca teve relação comercial com os investigados neste caso”.
Em reportagem recente, o UOL revelou que a família Brazão, liderada por Domingos, detém um patrimônio de pelo menos 162 imóveis no Rio de Janeiro, alguns dos quais estão sob suspeita de grilagem.
De acordo com a denúncia apresentada pela PGR ao STF, um dos imóveis envolvidos nas transações da família Brazão havia pertencido a Pasquale Mauro. Nos documentos da investigação, ele é citado como um dos principais grileiros da região.
Os familiares de Pasquale esclareceram que os imóveis do empresário, falecido em 2016, estão localizados em áreas diferentes da Barra da Tijuca e do Recreio, regiões disputadas por grupos milicianos.
Segundo a nota, o espólio contratou advogados para contestar a alegação de que o terreno em questão teria sido de Pasquale Mauro. Além disso, quando estava vivo, ele se opôs explicitamente a qualquer ação de usucapião envolvendo a propriedade mencionada.
A família do empresário negou veementemente qualquer ligação de Pasquale Mauro com a prática de grilagem. Eles afirmaram que não há nenhuma decisão judicial condenando-o por tais atos.