Discussão sobre regulação da inteligência artificial volta à tona no Brasil

Nesta semana, o debate sobre os limites da inteligência artificial e a regulação dessa tecnologia ganhou destaque no Brasil. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) decidiu barrar o uso, pela Meta, dos dados de usuários para treinar modelos de IA generativa.

A empresa havia alterado as políticas de plataformas como Facebook e Instagram para esse fim em maio, sem divulgação pública no Brasil. A ANPD considerou que havia risco de “dano grave e irreparável” aos direitos dos usuários, enquanto a Meta defendeu estar em conformidade com as leis de privacidade e regulações do país.

Essa medida se junta a outras discussões em andamento no Brasil. Em março, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu normas para o uso de IA nas eleições municipais deste ano, e no Senado há uma regulamentação mais abrangente em tramitação. Além disso, o governo Lula possui grupos de trabalho dedicados ao estudo do tema. Internacionalmente, a União Europeia aprovou em março o primeiro marco regulatório do mundo para o setor.

O episódio do Café da Manhã sobre regulação da inteligência artificial

O Café da Manhã desta quinta-feira discute os mecanismos de regulação e controle da inteligência artificial, além de como essas ferramentas utilizam nossos dados. O podcast contou com a participação de Dora Kaufman, professora do programa de pós-graduação do Centro de Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP.

O programa é disponibilizado no Spotify, plataforma de streaming parceira da Folha, especializada em música, podcasts e vídeos. Para ouvir o episódio, basta clicar no link acima. Caso prefira, também é possível acessá-lo gratuitamente pelo aplicativo.

O Café da Manhã é lançado de segunda a sexta-feira, sempre no início do dia. A apresentação fica por conta dos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes e Lucas Monteiro. A edição de som é realizada por Raphael Concli.