A possibilidade de uma indicação de Leite para a vaga de vice já estava complicada, principalmente devido à exigência do campo bolsonarista em escolher o candidato – atualmente, a escolha mais provável é o coronel Ricardo Mello Araújo, ex-comandante da Rota e ex-diretor presidente da Ceagesp. No entanto, com as investigações em curso, essa possibilidade se tornou praticamente inexistente.
Essa situação também pode resultar em uma perda de influência de Leite na campanha de Nunes, já que ele se tornou um aliado prejudicial. Isso, por sua vez, fortalece o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o próprio campo bolsonarista. O prefeito pretende se associar à imagem de Tarcísio, que é popular na capital paulista, mas ao mesmo tempo manter distância de Jair Bolsonaro, que não é tão bem-visto.
Em 13 de maio deste ano, uma reportagem do UOL revelou que o governo de São Paulo utilizou a Operação Fim da Linha, na qual líderes da Transwolff foram presos por lavagem de dinheiro do PCC, para pressionar o presidente da Câmara Municipal a agilizar a votação do projeto de privatização da Sabesp.
Inicialmente contra o projeto, Leite viu a proposta ser aprovada e a empresa está prestes a ser vendida. Nesse cenário eleitoral, fica a incógnita: qual será o próximo movimento do “segundo prefeito” de São Paulo?