Ao analisar a situação cambial, o ministro ressaltou que o dólar subiu mais em relação ao real do que em comparação com outras moedas de países emergentes, como Colômbia, Chile e México. Ele destacou a importância de identificar os fatores que têm provocado essa desvalorização da moeda brasileira.
Apesar da alta recente do dólar, Haddad expressou a expectativa de que a moeda norte-americana se estabilize nas próximas semanas e até mesmo reverta parte do aumento observado. Ele evitou comentar sobre uma possível intervenção do Banco Central no câmbio, ressaltando que essa decisão cabe exclusivamente à autoridade monetária.
Uma notícia positiva mencionada pelo ministro foi o resultado da arrecadação federal de junho, que, segundo ele, superou as expectativas, mesmo com os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul. Haddad destacou que o país tem apresentado seis meses consecutivos de boas notícias na atividade econômica e na arrecadação.
Além disso, Haddad abordou a questão do corte de gastos no Orçamento de 2025 e o possível contingenciamento de verbas públicas neste ano. Ele informou que discutirá esses temas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma reunião agendada para quarta-feira (3), enfatizando o compromisso do governo em não ferir direitos.
O ministro também mencionou o fechamento do Plano Safra e eventuais mudanças na reforma tributária sobre o consumo. Deputados do grupo de trabalho da Câmara apresentaram propostas relacionadas à tributação de itens da cesta básica, que estão sendo analisadas pela equipe econômica.
Diante desse cenário, Haddad demonstrou otimismo em relação ao desempenho econômico do país e à possibilidade de cumprir as metas estabelecidas, enfatizando a importância da comunicação eficiente para esclarecer as ações do governo e os resultados alcançados na área econômica.