A situação crítica das queimadas no Pantanal levou o governo federal a criar uma sala de situação para lidar com a crise ambiental, que se reuniu pela terceira vez nesta segunda-feira (1º). A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou que a causa do problema decorre de ações humanas, como o desmatamento e focos de fogo provocados de forma intencional. A Polícia Federal já investiga a autoria de pelo menos 18 focos de incêndio na região.
Durante uma coletiva de imprensa, o governo divulgou um boletim com o balanço das queimadas no Pantanal e relatou que a dificuldade de controle do fogo é a pior desde 2023, devido a fatores climáticos extremos que resultaram na seca mais grave em 70 anos. A maior parte da área queimada está em propriedades privadas, seguida por terras indígenas, unidades de conservação federal e estadual, Reservas Particulares do Patrimônio Natural e pouca porcentagem em unidades de conservação municipais.
No momento, estão em ação 34 frentes de combate ao fogo, que contam com mais de 500 pessoas mobilizadas, entre equipes do governo federal e do estado de Mato Grosso do Sul. Desde o início do ano, diversas ações foram tomadas para tentar conter as queimadas, incluindo a declaração de emergência ambiental no Pantanal, em abril, como medida preventiva. A situação ainda é desafiadora e exige esforços conjuntos para proteger esse importante bioma brasileiro.