
Carta Aberta de Entidades Empresariais do Rio de Janeiro
No último dia 29, entidades como Rio Indústria, Sindicarga, Sindlojas Rio, Asserj e Instituto Coalização Rio divulgaram uma carta aberta em protesto aos altos níveis de criminalidade e enriquecimento ilícito nas favelas do Rio de Janeiro. A causa apontada foi as restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635. Essas restrições têm permitido o avanço territorial de facções criminosas na cidade. As entidades pedem a suspensão dessas restrições que têm gerado conflitos armados e mortes na cidade. Elas criticam também o sistema de audiências de custódia e “saidinhas” que liberam criminosos perigosos de volta às ruas.
Políticos como Eduardo Bolsonaro e Márcio Gualberto, ambos do Partido Liberal (PL), demonstraram apoio à carta. Gualberto, que preside a Comissão de Segurança Pública da Alerj, comentou sobre a crescente insegurança provocada pelo aumento da criminalidade. A ADPF 635 teve origem em uma ação do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 2019 e proíbe operações policiais nas favelas do Rio dentro do contexto da pandemia.
Carta Aberta à Sociedade
As entidades empresariais destacam a situação de guerra contra o crime no Rio de Janeiro e clamam por um fim nas restrições impostas pela ADPF 635. Elas ressaltam a importância da segurança pública para o desenvolvimento econômico e social da região. A carta conta com assinaturas de diversos setores da cadeia produtiva e finaliza pedindo um basta ao enriquecimento e expansão das facções criminosas.
Histórico
O ministro-relator Edson Fachin emitiu uma liminar em junho de 2020 contra as operações policiais nas favelas do Rio devido à pandemia. A ADPF 635 foi movida pelo PSB em novembro de 2019, pedindo até a suspensão do uso de helicópteros em operações de segurança.
Entidades Signatárias
A carta também foi assinada por outras entidades como Sulcarj, Sintransportes, Setcanf, Logística Brasil, Acomex Rio, Aderj, AEB, Sincomac, Sindaerj, CDLRio, Sindoperj, TransOnibus, Fetranscarga e Aeci.
Fonte: Diário do Poder