França: Política Externa em Xeque com Possível Eleição da Extrema Direita
Como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU e potência nuclear, a França tem sua política externa largamente influenciada por seu presidente. Em recente encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Emmanuel Macron deixou claro que nada mudaria nesse setor.
No entanto, o possível futuro primeiro-ministro pela extrema direita, Jordan Bardella, já declarou que pretende confrontar o posicionamento de Macron no cenário mundial. Ele questiona a atribuição exclusiva da presidência em questões de defesa e diplomacia.
Durante a campanha, Bardella anunciou que não permitirá o envio de tropas francesas para a Ucrânia ou envolvimento em conflitos diretos com a Rússia – medida que Macron chegou a considerar. Com apenas 28 anos e sem experiência em governos, Bardella planeja utilizar seu eventual cargo de primeiro-ministro para vetar o envio de certas armas para Kiev, caso conquiste maioria no segundo turno das eleições.
O partido de extrema direita tem sido acusado de manter relações com Vladimir Putin, incluindo financiamento de campanhas passadas. Além disso, a legenda sugeriu que a França não deveria participar do comando da Otan.
Mercosul: Acordo Comercial Mais Distante
Um governo de extrema direita pode enterrar de vez as chances de um acordo comercial com o Mercosul. A base do grupo de Le Pen, ligada ao setor rural, é contra qualquer abertura comercial com o Brasil, o que torna ainda mais incerto o futuro das relações comerciais entre os dois blocos.